sábado, 13 de setembro de 2008

b]Palavras de um louco.[/b]
-Charles!- falou a estranha figura, que vestia uma roupa cinza, mas que continha ainda um resto de molho de tomate.-Fale sr. Bicolp, o senhor queria me contar algo novo?- Respondeu o doutor com um ar um tanto impaciênte, um tanto excitado.-Queria sim.(uma longa pausa). Eu não sou louco.Eu tenho consiência de tudo que eu faço, de tudo que eu penso.Olhe bem, eu sei que isso é um hospício e que devido a opnião de pessoas que acham que eu sou louco , cá estou.-Muito bem sr. Bicolp, mas e a teoria sobre a humanidade que você inventou? O senhor que se considera mentalmente igual aos outros já esqueceu então de quando tentou incendiar seu quarto com um fósforo apenas porque citou que gostava daquela cor?- Peguntou o Dr., já com um ar da resposta tão previsível do outro.- Doutor, lembro-me muito bem do acidente que ocorreu. Mas pensando bem, eu concordo. Antes olhar pra cor do fogo do que pro cinza das ruas de São Paulo.E quanto a minha opnião sobre a humanidade... quer saber eu poderia mentir e mudar minha versão, estaria saindo daqui a 3 meses. Mas continio a afirmar: ''loucos, são tão normais , quanto os que se julgam normais nesse mundo de loucos. Onde estamos? Isso é um inferno, querido doutor. Aos poucos tudo se é corroído, não adianta. É gente matando, roubando... e eu estou aqui, todos os dias trancados entre quatro paredes, enquanto o verdadeiro louco tá lá fora. Na política e no governo. Loucos são os que tão lá fora, eu to aqui e me sinto ótimo. Aliás, já ia me esquecer.-Senhor Bicolp, o senhor andou decorando a coluna 7 do jornal?- Perguntou novamente o doutor.-Sim doutor, pelo menos assim eles lavam minha roupa.

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